17 novembro, 2013

BLOCO DE NOTAS 17/11/2013

INCORRIGÍVEL SAUDADE...

É, incorrigível esta saudade.
Este aperto que ferozmente nos relembra a diferença de estarmos vivos.
Tão vivos que já nos apeteceu morrer.
Morrer para encontrar.
Morrer para rever, morrer para dizer o que nunca falaríamos...
Ou então somente morrer, para não os deixar...
Não há filosofia que supere a inigualável saudade da falta que nos fazem sentir. Não há expressões livres, porque elas se prendem no passado.
Não há voz mais alta, que os lamentos dos murmúrios que nos lavam as lágrimas. Labirintos onde deitamos o corpo, para encontrar a alma. Misteriosamente descodificamos os nomes, as palavras e os preconceitos esfumaçaram-se na ironia de cada se, que ficou por dizer, por fazer.
Se soubéssemos do retorno dos ventos, das partidas que nos fogem por entre dedos. Dos cataclismos que se apoderam do olhar... Se soubéssemos... O que podíamos mudar!.
Não haverá adereços.
Nem espaços repletos, que nos encham o coração.
Todos os fundamentos apenas fomentam, nada mais!.
Irreconhecível é a parte que não sabíamos de nós. A mera rejeição, é um segundo trajeto que nos segura a mão. Não queremos saber, e o pouco que sabemos neste momento não lhe sente a falta. E a falta vem do elo que não queríamos quebrar, nas asas de um vento sem norte no arco de uma flecha que não é nosso. Que nos dilacera os sentidos... Desorienta a fraude do tempo que nos levará de nós. E a ira é simpósio, das conversas, das perguntas que nunca pensamos fazer.
É o pretexto perfeito, da mais imperfeita imposição onde todas as guerras se declaram nesta, INCORRIGÍVEL SAUDADE....
Sei tanto de ti, quando nunca te procurei nada.
Saudade!
Saudades... simplesmente!

Ana P.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.