21 outubro, 2013

Bloco de notas 21/10/13 INOCÊNCIA...

Inocência.

Coabita nos contornos de cada recear. No "EU", inocência é tudo que não quero reclamar.

Na memória a aragem das janelas semi-fechadas, libertam a brisa que não se pode anular no presente. Adocicam o passado que se prende na saudade, de não poder voltar. Mesmo assim não sei quantas vezes me perco no presente, nos caminhos desse passado. Nos socalcos, o alpendre das estações que não se equivocam.
Os vestígios falam-me de mim mais que este espelho onde me olho todos os dias. Sinto-me leiga, que o folgo é trafego que se evapora no presente, é prece refeita sem esforço.
Inocentes, os dias que me lembram, outros poderei esquecer-me. De certeza esquecer-me-ão!.
Inocente o fogo que me queima, sem que possam ver e sentir. ... Inocente, o olhar que fecha os olhos para melhor ver. Tão alvo como a gentileza do ato de estender a mão, e sorrir com a gargalhadas do brilho dos olhos que nascem em outros olhares.
Profundo é o silêncio que desarma as palavras, prevarica nos ecos de cada sentir, deixando a nu a inocência.

Inocente o dia, em que não pedimos para nascer!...

Ana P.

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