14 outubro, 2013

BLOCO DE NOTAS 13/10/2013

" Nada é tudo o que podeis ter levado de mim. "

Terão sempre um pouco de mim, quando julgavam não ter nada.

Deixem que o meu repouso baloice, no parapente da vossa saudade.
Falando de mim, apresento-vos as palavras que fermentam os sentimentos.
Que elaboram os sonhos, desafiam o outro lado de mim, repleto de vós....

Vazio, é o contraste do azimute a sombra que se dissipa nas horas.
É o frenético aperto que se sente no peito.... somente no peito.
Valem-me as palavras que não se cansam de mim. A teimosia do olhar que não se prende nos horizontes....
Cativa-os...
Valem-me estes olhos que trago nas mãos, e o tacto que navega nas lágrimas que não são esquecidas.
Valem-me os sorrisos que recebo nos abraços, em código emancipam-se neste corpo, onde a alma coabita no perfume de cada frase que me ajudam a escrever... Assim como a chuva afaga as vidraças, as palavras afagam o que de melhor predomina em cada frase que nunca me ouvirão falar mas que não esquecerei de escrever.
Vale-me, esta fome que se aloja no ventre. A força que transforma as horas difíceis, nos momentos mais belos. Aquelas onde naufraga me senti, perdida numa ilha...
Somente esta ânfora, guarnece a vida. Somente o silêncio, habita o céu sobre um palco de estrelas.
Somente nós, poderemos fazer a diferença ... fazer notória a falta que fazem sentir...
Onde uma parte de mim, ficou .... Mesmo vós não querendo levar nada.
Nada! ...
Será sempre um pouco de mim...

Ana P.

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