11 fevereiro, 2013

BLOCO DE NOTAS 11/02/2013

(IN)-RUÍNAS

De repente a vida, permanecia nas ruínas.
Intemporal à eternidade.
Sagrada, equaciona a longevidade do tempo.

Perderia-me, se pudesse dissolver-me no pó das páginas que ditam para mim.
Perderia-me, se não reconhecesse as metamorfoses das palavras que nunca vos escreveram.
Dos silêncios que renasceram nos gritos de alguém.
Procuro-me onde sempre me encontro.
Nos imaginários locais, que sempre foram reais.
Vitrais que desafiam os ecos, suavizam a prepotência que nos cai do olhar.
Em ruínas, já nada jaz...
O nada, poderá ter sido o melhor que nunca vimos.
O imenso, que nos descreve onde jamais se saberá da exposição as ruínas de nossos olhos.
Deixo-vos em queda-livre os aromas, os perfumes, das paisagens que os sentidos transformam.
Deixo-vos pedacinhos meus, réstias de luz que manipulam os dias na escassez das palavras que não falam.
Que se omitem na insignificância do representante presente.
Aguarelas pálidas, que se escondem na tela que carrego nas mãos.
Na glória do simples ato de respirar, cordas do realejo que nunca canso de escutar.
E nas ruínas encontrar toda a vida que lhes foi tirada.

Dentro delas ...

Ana P.

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