06 dezembro, 2011

OLHO-TE ...

Quando
nada dizes ...
Tão calado contradizes
o meu soluçar ...
Sina,
de vermelhos cristais, cintilantes
que coram o rubro da face ...
O
Fogo que acende, ruínas de cada pecado ...
A
devoradora fome de instantes,
mingua o carenciado desejo ...
Premeditadas nascentes
que nascem dentro de mim ...
SUSSURROS ...
A voz sôfrega, silenciosa, ...
Anil nos socalcos, tecidos de marfim
Rendilhados de poetas
nas folhas de alecrim
Saudades tuas ...
Frotas de velas ao vento,
de abraços abertos ...
Agitadas, despertam o azul do céu
desafiam o laranja fogo, horizonte ...
Aromatizam a bonança do meu peito
Leves fragrâncias diluídas na construção
inacabada ...
Grão de areia,
a escultura que se esconde em minhas mãos ...
Escravatura que surpreende,
as palavras ...
Supera a voz,
mesmo quando nada dizes ...
Onde com bússola
me perco,
na vastidão do teu olhar, Amor! ...
Combustão...
A força que impera,
rege os instantes ...
Transforma os momentos ...
Únicos! ...
Tão únicos, que nem os sonhos
os podem plagiar ...
GUERRAS!
Secretas batalhas,
Mil palavras soltas,
em cada olhar ...
Contradizem o que nunca
acabaste por falar ...
Num simples olhar!

Ana P.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.