
Nem sempre serei
A lanterna da tua luz
Nem o cinza
Nem a cor
Nem a lágrima
Nem o lenço
Nem o vento
Ou a saudade
A
Corda bamba do Tempo…
Efémero, pretenso. ..
Talvez estilhaço
De momentos…
Daquele segundo que segredei
Ou sorrisos, ou lamentos
Sombra de face distante
Náufraga púrpura
De chuvas ácidas…
Sinestesia de tactos de pérolas
E odores
Metáforas flácidas…
Nau,
Caravela perdida
amotinada,
Pecados e melodias
Em asas de arcanjos
Rendidos…
Plumas,
Pianos e violinos
Descendo degraus do
Doce inferno
Apetecido
Frases de leito,
Alvo,
Desfeito
Sinfonia equidistante
A
Leiga,
Diamante…
o centro do tumulto
do teu instrumento,
vencido…
errante…
O crepúsculo invertido,
Palavra meiga
Que esconde o destino
No sussurro do ouvido
Serei, Terra
Serei, Água
Serei, Fogo
O
Ar de um soluço perdido…
Ana P / JC Patrão
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