03 agosto, 2013

Pensei num jardim de violetas.
Por instantes instiguei o porquê...
Ao certo não sabia explicar-me. Esclarecer-me do perfume que me atraía e me levava para lá.. Apenas a cor violeta traça o arco-íris que nasceu nos meus olhos.
O corpo estava exausto.
Sentada os olhos percorriam o silêncio que desarmavam as palavras.
Há dias que fujo de mim e outros em que me quero encontrar.
Necessariamente a Alma é o refugio das palavras.
De todas as silabas que se anexam aos sonhos.
Necessariamente recordo as lembranças.
As memórias que se expõem por dentro e por fora.
Não resisto, nem quero!...
Alada nas fragrâncias que não me deixam esquecer.
Revivo momentos olhando o relógio sem têm ponteiros...
Fecho os olhos...
A pretensão de alcançar-te é o elo mais forte.
A certeza frenética que esboça o sorriso nos meus lábios...
E o cansaço desfalece nas memórias.
Adormece nos braços que abraçam o horizonte e ilumina a noite mais cerrada, que não predomina nos sonhos que me lembro ter sonhado.
Metade de mim, é o teu átrio.
A outra o claustro silêncio onde me atrevo nas palavras.
Aqui ao lado. Ao meu lado a paz que se evapora nas gargalhadas, nas meias frases e nas frases ditas, ou mal-ditas.
Malditas, aquelas que me fugiu a coragem.
Que se quedam nas paginas negras que não quis ler. Absorveram o trago que tantas vezes grito sem dizer nada! ... Basta-me olhar.
Olhar e sentir a plenitude que se alcança sem tirar os pés no chão.
Se este silêncio me diz tanto....
Porque nunca deste por ele?!! ...

Porque, não sentes no corpo a chuva púrpura?

Ana P.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.